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NEM TODA CONVERSA É DIÁLOGO

NEM TODA CONVERSA É DIÁLOGO

Na semana passada, propus uma pesquisa aqui no meu projeto p investigar as dores mais comuns nos relacionamentos. Queria agradecer a todos q participaram. Foi incrível, li com carinho todos os comentários e opiniões.

Quero compartilhar um pouco da minha escuta com vocês. A pesquisa apontou que alguns grupos de whatsapp, inclusive grupos de família, tem sido espaços de comunicação violenta e intolerância a opinião diferente do outro, especialmente sobre o assunto eleições. São tempos de altíssima conflitividade nos relacionamentos gerando distanciamento, ruptura e dor.

Acredito que dialogar é essencial a nossa convivência. O diálogo, interação por meio das palavras, pressupõe escutar para entender e não para resolver. Entender não é concordar, mas pode ser acordar. Quem está dialogando comigo não é um adversário a ser combatido, mas um irmão a ser compreendido como legítimo outro. Observo que nem toda conversa é diálogo, algumas são só barulho e ruído.

Construir consenso é um desafio. É a arte de transformar divergências em convergências, e não obrigatoriamente em concordâncias. Exercício complexo que precisamos aprender e praticar.

Como aprendi com meu mentor: "A democracia não é uma disputa entre duas opiniões mas um diálogo plural abrangente, que favorece inclusive a irrupção de sínteses e outras versões e construções que não existiam antes do início do diálogo. [José Eduardo Agualusa, angolano]

Acredito que as palavras sustentam os relacionamentos. Nossos diálogos afetam a qualidade das nossas relações. Conviver é preciso, só nos resta decidir como.

Vamos em frente na convivência que nos cabe. Depois de qualquer conflito, os relacionamentos podem permanecer ou não, depende de nós. Mais uma vez, obrigada pela pequena interação que construímos semana passada sobre um tema tão importante. Muito bom escutar vocês!